POSTAGEM (0365) Oito clubes apoiam 'MP dos direitos' em reunião com Bolsonaro
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Representantes de Palmeiras,
Santos,
Internacional,
Athletico-PR,
Bahia,
Coritiba,
Fortaleza
e Ceará
estiveram reunidos com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, em
Brasília, sobretudo para declarar apoio à Medida Provisória 984/2020,
já conhecida como "MP dos direitos de transmissão".
Estes são os oito
clubes que fecharam contrato com a Turner para transmissão do Campeonato
Brasileiro em TV fechada.
Por isso, também foi assunto o Projeto
de Lei 3.832, que altera a Lei da TV Paga permitindo que empresas de
telecomunicações invistam diretamente em conteúdo esportivo brasileiro.
Os
oito clubes têm encontrado dificuldade no relacionamento com a Turner,
que encerrou as atividades do canal Esporte Interativo no Brasil -
embora manifeste o desejo de seguir exibindo jogos -, e creem que existe
a ameaça de rompimento dos contratos.
Na visão deles, isso causaria
grande prejuízo financeiro em meio à pandemia da COVID-19 e "poderia
trazer de volta o contexto de monopólio nas transmissões do futebol
brasileiro", como consta em comunicado enviado à imprensa.
A "MP
dos direitos de transmissão", especificamente, tem sido vista com bons
olhos por boa parte dos dirigentes do país.
Ela permite que os clubes
negociem os direitos de transmissão de suas partidas como mandante sem a
necessidade de haver acordo com o visitante.
Anteriormente, uma
emissora de televisão só poderia exibir partidas se tivesse os direitos
das duas equipes.
Isso fazia uma empresa ter vantagem se já tivesse
contrato com a maioria dos clubes.
O Flamengo, maior apoiador
desta MP, por exemplo, não vendeu os seus direitos de transmissão do
Campeonato Carioca de 2020.
Como a Globo adquiriu os direitos de todos
os outros clubes da competição, tornou-se inviável que o Rubro-Negro
fechasse contrato com qualquer outra empresa, já que ela não poderia
transmitir nenhuma partida.
No caso da Turner, por exemplo, só é
possível exibir partidas que oponham dois dos oito clubes com os quais
há contrato vigente.
A MP vale por 60 dias prorrogáveis por mais
60. O tema ainda precisa ser votado no Congresso para que a lei atual
seja modificada.
Os oito clubes foram representados pelos
seguintes dirigentes:
Robinson de Castro (Ceará),
Marcelo Paz
(Fortaleza),
Eduardo Bastos De Barros e Samir Namur (Coritiba),
Aguinaldo Coelho de Farias (Athletico),
Maurício Galiotte e André Sica
(Palmeiras),
Guilherme Bellintani (Bahia),
Matheus Del Corso Rodrigues
(Santos) e Marcelo Medeiros (Internacional).
Eles também se
mostraram favoráveis a outras medidas que tramitam no Congresso Nacional
sobre legislação esportiva, a exemplo do clube-empresa.
Ainda nesta
terça-feira, os clubes encontrarão os presidentes da Câmara, Rodrigo
Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
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